O Aproveitamento Hidroelétrico do Alto Rabagão (AH Alto Rabagão) é um aproveitamento de albufeira, localizado no curso superior do rio Rabagão, afluente da margem esquerda do rio Cávado. A barragem, com 94 m de altura e 1970 m de coroamento entrou ao serviço em 1964 com uma potência instalada de 68 MW e apresenta uma capacidade máxima de descarga de 500 m3/s, formando uma albufeira com 568,7 hm3 de capacidade total e 2224 ha de área. A restituição dos caudais turbinados ocorre na albufeira de Venda Nova.
O Aproveitamento Hidroelétrico da Aguieira (AH Aguieira) localiza-se no rio Mondego, cerca de 35 km a montante de Coimbra. Entrou em exploração em 1981 e tem uma potência instalada de 336 MW. Na barragem da Aguieira (barragem principal) não foi considerada necessária a implementação de um RCE.
A barragem de Fronhas, localizada no rio Alva, com 62 m de altura e 250 m de coroamento, entrou ao serviço em 1985 e apresenta uma capacidade máxima de descarga de 500 m3/s, formando uma albufeira com 62,1 hm3 (42,5 hm3 úteis) e 535 ha de área ao NPA.
A partir da barragem de Fronhas é captado, em contínuo, um caudal de 2 m3/s, o qual está atribuído à concessão imediatamente a jusante da barragem para produção de energia por uma pequena central hidroelétrica (Mini-Hídrica do Centro). Este caudal é turbinado e/ou libertado imediatamente a jusante da barragem.
No âmbito do contrato de concessão relativo à utilização dos recursos hídricos para captação de águas superficiais destinadas à produção de energia hidroelétrica, decorre a obrigação de implementar um Regime de Caudais Ecológicos em algumas das barragens que integram os aproveitamentos hidroelétricos, assim como de avaliar a sua eficácia através de um programa de monitorização.
Os programas implementados na Barragem do Alto Rabagão e na Barragem de Fronhas abrangem a monitorização na massa de água fortemente modificada e, adicionalmente, em estações de controlo de Elementos de qualidade biológica (macrófitos, macroinvertebrados bentónicos e fauna piscícola), Elementos físico-químicos de suporte e Elementos hidromorfológicos de suporte. De forma complementar, no 1.º ciclo de monitorização, foram inventariados e caracterizados os habitats presentes no troço fluvial sujeito ao RCE e as potenciais condicionantes à sua eficácia.
Estes programas de monitorização desenvolvem-se ao longo de um período de 7 ciclos anuais, encontrando-se no 3.º ciclo de monitorização: 2015/2016.
Nos 3 ciclos de monitorização realizados, a PROFICO AMBIENTE contou com a colaboração da Equipa da UTAD – Laboratório de Ecologia fluvial, coordenada pelo Professor Rui Cortes.