O Aproveitamento Hidroelétrico de Vilarinho das Furnas é um aproveitamento de albufeira, localizado no rio Homem, afluente da margem direita do rio Cávado, cuja exploração se iniciou em 1972, com a entrada em funcionamento do primeiro grupo. O segundo grupo, que é também bomba, entrou ao serviço em 1987. O aproveitamento tem 125 MW de potência total instalada.
A barragem localiza-se na freguesia de S. João do Campo, concelho de Terras de Bouro, distrito de Braga. Tem 94 m de altura e 398,3 m de desenvolvimento de coroamento e está dotada de um dispositivo de libertação de caudal ecológico. Tem ainda como obras complementares, quatro pequenos açudes. A albufeira criada pela barragem, parcialmente inserida no Parque Nacional da Peneda-Gerês, tem uma capacidade útil de 97,5 hm3, inunda uma área de 346 ha ao NPA de 569,50, e a sua zona de influência abrange os concelhos de Terras de Bouro e de Vieira do Minho.
No âmbito do contrato de concessão relativo à utilização dos recursos hídricos para captação de águas superficiais destinadas à produção de energia hidroelétrica, decorre a obrigação de implementar um Regime de Caudais Ecológicos em algumas das barragens que integram os aproveitamentos hidroelétricos, assim como de avaliar a sua eficácia através de um programa de monitorização.
Os programas implementados na Barragem do Alto Rabagão e na Barragem de Fronhas abrangem a monitorização na massa de água fortemente modificada e, adicionalmente, em estações de controlo de Elementos de qualidade biológica (macrófitos, macroinvertebrados bentónicos e fauna piscícola), Elementos físico-químicos de suporte e Elementos hidromorfológicos de suporte. De forma complementar, no 1.º ciclo de monitorização, foram inventariados e caracterizados os habitats presentes no troço fluvial sujeito ao RCE e as potenciais condicionantes à sua eficácia.
Este programa de monitorização desenvolve-se ao longo de um período de 7 ciclos anuais, encontrando-se no 2.º ciclo de monitorização: 2016.
Nestes 2 ciclos de monitorização, a PROFICO AMBIENTE contou com a colaboração da Equipa da UTAD – Laboratório de Ecologia fluvial, coordenada pelo Professor Rui Cortes.